terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


Cédulas Antigas - papel moeda (notafilia)
A idéia do papel-moeda nasceu no dia em que uma pessoa, necessitando de moedas correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre), depois dado em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na Idade Média recibos de depósitos de ouro em pó, que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter sua pureza garantida. Esses comprovantes chamava-se recibos de ourives, pois eram neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.

Os Bilhetes de Banco - Os comerciantes, preocupados com o cerceamento do ouro das moedas, eram obrigados a pesar as peças e a verificar o teor de metal fino, em operações bastante demoradas. Para evitá-las, eles passaram a guardar o dinheiro em bancos de depósitos que surgiram na Itália e alguns outros países do século XII ao XV. Eles recebiam um certificado de depósito, do qual constava a promessa de devolução ao portador da quantia entregue. Esse bilhete, conversível à vista, deu início ao que conhecemos hoje como moeda de papel ou representativa, que contava, assim, com um lastro de metal nobre. No Séc. XIII, o famoso navegador veneziano Marco Polo levou a cabo sua aventura pela China. Seus registros contém as primeiras descrições ocidentais com relação ao papel-moeda em uma forma monetária incompreensível para os europeus daqueles tempos devido à falta de um valor intrínseco e real: o lastro. Essa forma de papel-moeda se desenvolveu por si própria, inicialmente como dinheiro de emergência e logo após como forma legal. Na Suécia, em 1661, devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo Stockholms Banco.
A idéia de papel-moeda lastreado por um metal nobre se manteve firme até a Segunda Guerra Mundial, época na qual vários países tiveram suas economias completamente modificadas. As recentes teorias e observações econômicas e mercadológicas deram novo formato e função ao papel-moeda, transformando-o em uma representação da saúde econômica de um país.

[editar] Brasil
As "Ordens de pagamento" emitidas pelos holandeses em Pernambuco foram os primeiros papéis a circular como moeda no Brasil, mas como isso só ocorreu entre as tropas de ocupação, eles não têm qualquer relação com as cédulas emitidas no país. Os "bilhetes de extração de diamantes" e os de "permuta do ouro" foram os primeiros papéis a circular oficialmente como moeda, de 1771 até as primeiras décadas do século XIX. Após a independência, a falsificação de moedas de cobre chegou a ser um caso de calamidade pública, forçando a emissão de bilhetes para o troco do cobre, em 1833. As emissões de bilhetes de banco e papel-moeda oficial foram alternadas, chegando a existir, por volta de 1900, 69 tipos de notas de banco e 33 do Tesouro Nacional, em circulação.
A última emissão bancária feita pelo Banco do Brasil foi em 1923, ainda no padrão "mil-réis". A partir dessa data, era somente o Tesouro Nacional que tinha o poder liberatório de emissão de papel-moeda. O Banco Central do Brasil foi fundado em 1º de janeiro de 1965, tornando-se responsável pelo meio circulante nacional desde então.
Atualmente, a Casa da Moeda do Brasil produz as cédulas e moedas utilizadas no Brasil e de alguns países no exterior, mas também uma série de outros produtos.

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